sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tampas e asas  à RZ

Quem já não buscou no amor a tampa da panela?
Mas que é o amor senão asas que nos levam às alturas
Pra que sintamos o mundo sempre em nova perspectiva?
Amor é sempre amplidão
Expandir de horizontes
É um estado de querer, de vontade, de escolha
Não de precisar
Precisar é não escolha
É limite, rota de mão única
Que até leva para onde se quer ir
Mas nem sempre pelo caminho desejado
O que fazem as tampas?
Fecham
Como um pássaro preso na mão ou numa gaiola
Que por mais carinho que receba
Não voa
E sem seu vôo,
Deixamos de perceber o azul do céu, a imensidão do mundo
Entretidos com os limites da nossa mão.

* Franklin Maciel

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